Neste artigo, discorreremos sobre o fenômeno das Ilhas de Calor e sobre quais são suas implicações para o meio ambiente.
Atualizado em 31.03.2021
Ilhas de calor consistem no fenômeno climático que acontece principalmente nas grandes cidades.
Esse fenômeno acontece devido à concentração de asfalto, ruas, avenidas e concreto (prédios, casas e outras construções).
Nestas cidades, a temperatura média costuma ser mais elevada do que nas regiões rurais próximas.
Isso ocorre porque quando os raios solares atingem diretamente os centros urbanos, o calor tende a se acumular devido à dificuldade de se dissipar.
A cidade de São Paulo, por exemplo, é considerada uma ilha de calor.
Como esta cidade tem grande concentração de asfalto (ruas, avenidas) e concreto (prédios, casas e outras construções), ela concentra mais calor, fazendo com que a temperatura fique acima da média dos municípios da região.
A umidade relativa do ar também fica baixa nestas áreas.
Outros fatores que favorecem o aquecimento da temperatura em São Paulo são: pouca quantidade de áreas verdes (como as de árvores e plantas) e alto índice de poluição atmosférica, que favorece a elevação da temperatura.
Além de São Paulo, são exemplos de grandes centros urbanos em que o fenômeno da Ilha de Calor torna-se recorrente: Rio de Janeiro, Cidade do México, Pequim, Nova Deli e Nova York.
A formação e presença de ilhas de calor no mundo são negativas para o meio ambiente, pois favorecem a intensificação do fenômeno do aquecimento global.
De modo geral, as ilhas de calor ocorrem nos centros das grandes cidades devido aos seguintes fatores:
Devido a esses fatores, o ar atmosférico na cidade é mais quente que nas áreas que estão ao redor esta cidade.
Por exemplo, num campo de cultivo que situa-se nas redondezas de uma grande cidade, há absorção de 75% de calor enquanto no centro dessa cidade a absorção de calor chega a 98%.
O nome ilha de calor dá-se pelo fato de uma cidade apresentar em seu centro uma taxa de calor muito alta, enquanto em suas redondezas a taxa de calor é normal.
Ou seja, o poder refletor de calor ao seu redor é muito maior do que no centro dessa cidade.
A variação de temperatura entre o centro de uma grande cidade e uma zona rural pode oscilar entre 4°C, 6°C ou até mesmo 11°C.
Isso proporciona muitos inconvenientes à população em virtude dos incômodos que o calor excessivo provoca.
Além disso, ocasiona um significativo aumento no consumo de energia elétrica, usada para funcionar refrigeradores (ar condicionado), principalmente para climatizar residências, escolas, universidades, comércios e indústrias.
A ilha de calor pode ser percebida em períodos diurnos e noturnos, mas o auge da diferença de temperatura entre áreas urbanas e rurais acontece ao anoitecer.
Isso porque a área rural resfria mais rápido do que a urbana, onde muros, calçadas, asfaltos e todo tipo de edificação recebem durante o dia luz e calor do Sol.
Este fica retido por mais tempo, proporcionando a diferença de temperatura entre as áreas em questão.
Na área rural e florestal a cobertura vegetal possibilita o processo de evaporação e evapotranspiração, amenizando as temperaturas, o que não acontece nas grandes cidades que estão impermeabilizadas e sem cobertura vegetal.
As Ilhas de Calor são consideradas microclimas urbanos formados pela aglomeração de construções nas grandes cidades.
Isso ocasiona a retenção de calor quando comparada com o ambiente de regiões periféricas, como cidades menores e zonas rurais, por exemplo.
Da mesma maneira, outro fenômeno denominado “Inversão Térmica” é comum nas grandes cidades.
Ele ocorre quando há a inversão das camadas atmosféricas, ou seja, o ar frio permanece em baixas altitudes e o ar quente, por sua vez, fica retido nas camadas mais elevadas.
As principais causas da formação de uma ilha de calor são possibilitadas, de um modo geral, por:
Tendo em vista que os raios solares atingem diretamente o concreto dos centros urbanos, o calor retido é enviado para atmosfera em formas de ondas de calor.
Essa diferença é percebida num dia de verão em que o asfalto pode chegar a uma temperatura de 45°, enquanto a grama ficará em 35°. no máximo.
Variados problemas decorrentes das ilhas de calor podem ser constatados pelos próprios cidadãos que vivem nos grandes centros, sendo alguns deles:
Entre as cidades mais afetadas pelas ilhas de calor, são recorrentes as seguintes estratégias para diminuir o impacto causado:
Ainda, atividades governamentais e comunitárias são incentivadas para colaborar com a preservação ambiental e desenvolvimento local de um ambiente mais atrativo e habitável.
Para resolver os problemas apresentados pelas Ilhas de Calor deve ser realizada a conscientização da população.
Isso com o objetivo de diminuir as emissões de dióxido de carbono (lançadas pelos veículos) e outros gases poluentes.
Bem como a preservação das áreas verdes, visto que o solo e a vegetação absorvem de maneira mais “natural” o calor.
As ilhas de calor estão relacionados com o aumento da emissão de gases do efeito estufa, pelo aumento do consumo de energia, principalmente para fins de refrigeração.
As empresas fornecedoras que obtêm energia a partir de combustíveis fósseis liberam compostos voláteis que intensificam as mudanças do clima.
Os principais poluentes produzidos são:
Os materiais produzidos estão associados, por exemplo, com as mudanças climáticas, diminuição da qualidade do ar e chuva ácida.
Por fim, são, também, medidas para evitar a formação das ilhas de calor urbanas:
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