Conversamos hoje com Sandro Azevedo, técnico em Segurança do Trabalho e criador do Safenation Brasil, primeira rede social de SST e Meio Ambiente brasileira.
Após 15 anos atuando na área de tecnologia da informação, Sandro Azevedo decidiu fazer o curso técnico em Saúde e Segurança do Trabalho em 2005, motivado pela ânsia de novas perspectivas profissionais:
Em 2009, fui contratado para implantar o SESMT em um hospital em Sergipe, onde permaneço até os dias atuais.
Posteriormente, ele passou a atuar na área de consultoria em avaliação e análises de riscos em diversas áreas, e como representante sindical da área.
Atualmente, Azevedo possui um amplo e rico currículo, colecionando experiências sendo:
- Presidente da Associação Sergipana dos Profissionais e Técnicos de Segurança do Trabalho (ASPROTEST);
- Presidente da Associação Brasileira dos Técnicos de Segurança do Trabalho – Regional Sergipe (ABRATEST);
- Diretor de Comunicação Integrada da ABRATEST NACIONAL;
- Diretor de Assuntos Jurídicos e de Eventos do Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho do Estado de Sergipe (SINTEST-SE);
- Segundo Secretário Geral Federação Nacional dos Técnicos de Segurança do Trabalho (FENATEST);
- Segundo Secretário do Conselho Comunitário de Segurança Pública do Jabotiana (SE);
- Idealizador e Diretor de Redação do SEGFOLHA SERGIPE
- Idealizador e Diretor-presidente da plataforma SAFENATION BRASIL.
Como ele fundou a plataforma Safenation, o convidamos para uma entrevista na qual ele explicou um pouco seu projeto e analisou o atual cenário do mercado de Segurança do Trabalho. Acompanhe abaixo:
Entrevista sobre a rede social de SST: Safenation
Como surgiu a ideia de criar o Safenation?
Partindo do princípio das fortes tendências de mercado, e do grande acervo de informações pertinentes à área de SST e do Meio Ambiente, a ideia foi mobilizar o estímulo para a reconstrução da cultura prevencionista no Brasil.
Levando em consideração todas as suas modalidades e visando alavancar o crescimento dos profissionais,por meio da livre interação e envolvimento dos mesmos no portal.
Assim, a plataforma foi disponibilizada para todo o país, no dia 31 de novembro de 2018 e vem recrutando adeptos fervorosos desde então.
Quais foram os principais desafios enfrentados?
À princípio, foi a própria resistência dos profissionais no que cabe ao entendimento de que especificidades carecem atingir envolvimentos distintos.
E que assuntos relevantes à uma área específica teriam um avanço significativo se realmente fossem compartilhados e discutidos por outros profissionais, necessariamente envolvidos com determinadas situações e interesses.
Outra dificuldade foi administrar o desenvolvimento da plataforma em si, com as suas possíveis funcionalidades.
Você realizou uma pesquisa de campo para identificar o comportamento dos possíveis usuários da ferramenta?
Enquanto usuário de outras ferramentas sociais, à exemplo do Facebook e do Twitter, passamos a acompanhar o envolvimento desses profissionais em páginas e grupos direcionados ao seu contexto, e percebemos que a cadeia de discussões acabava sendo quebrada ou sofrendo interferências pelo fato de que o mesmo usuário estava envolvido em outros focos pessoais.
Qual é o objetivo principal da ferramenta? Atualmente vocês conseguiram alcançá-lo?
O objetivo do portal é proporcionar a participação de alunos, profissionais e empresas de todas as regiões do país, envolvidos nos inúmeros seguimentos mercadológicos, e o engajamento por meio do compartilhamento de:
- Materiais técnico-acadêmicos;
- Informações e notícias relacionadas;
- Eventos;
- Materiais multimídia.
Além de oferecer aos seus usuários um ambiente virtual amplamente profissional para abordagens, discussões e debates relacionados à Segurança do Trabalho, a Saúde e o Meio Ambiente.
Vimos que o Safenation possui uma opção de anúncios. É assim que a plataforma se sustenta ou existe outras formas?
No momento, estamos disponibilizando a inserção de anúncios promocionais pelos nossos usuários, de forma gratuita.
Entretanto, anúncios profissionais que contemplam banners, vídeos e ofertas dinâmicas de serviços/produtos, estão sendo oferecidos por um valor acessível de mercado.
O ambiente virtual foi custeado por recursos próprios, porém, pretendemos estender convênios e parcerias para novos projetos em suas áreas afins.
E sendo a primeira rede social de SST e Meio Ambiente, temos a expectativa de atingir o maior número de empresas envolvidas, com o intuito de não apenas garantirmos a manutenção do portal, mas, principalmente, de proporcionarmos umespaço de divulgação comercial para profissionais de todo o Brasil.
Como é a sistemática da ferramenta? Como o usuário consegue interagir e consumir conteúdo?
A sistemática é muito simples:
- O visitante realiza um cadastro rápido e gratuito;
- Cria o seu perfil na plataforma;
- E provido de e-mail e senha, já passa a usufruir de todas as funcionalidades do portal.
- Ele também já pode realizar o seu cadastro através da sua conta no Facebook.
O Safenation, além de disponibilizar artigos, notícias e matérias relevantes, permite que os seus usuários
incluam seus currículos profissionais, disponibilizando-os para as empresas parceiras, que estiverem navegando pela plataforma.
Essa interação acontece de forma dinâmica e à medida em que o usuário participa mais das discussões e debates, começa a adquirir um certo destaque e maior visibilidade.
Qual é a importância da interação e engajamento do público em Saúde e Segurança do Trabalho?
Trata-se de uma condição indispensável para o desenvolvimento e a construção da sociedade, levando em consideração os pilares essenciais para a emersão de uma cultura necessariamente preventiva.
Portanto, a comunicação precisa ser aprimorada, estabelecendo novas maneiras de contato social, profissional e multidisciplinar, as quais resultem em um novo padrão de comportamento social.
Considerando o atual cenário da gestão em SST, o que precisa ser mudado para valorizar o setor e conscientizar as empresas?
Há muito ainda a ser feito:
- Precisamos eleger políticos competentes;
- Incentivar campanhas e projetos de respostas absolutamente rápidas;
- Garantir dignidade para os nossos trabalhadores;
- E lutarmos pela valorização profissional, preservando a integridade física e moral das nossas organizações.
A extensão das políticas públicas operacionalizadas, conforme os interesses da sociedade moderna, não deve omitir ou desconsiderar os grandes déficits em infraestrutura, análises de consequências lógicas e em técnicas sistemáticas proativas.
É preciso investir em produtos/serviços que auxiliem na gestão de SST, identificando falhas nos processosque retardam a otimização dos resultados.
Uma vez que as organizações diferem entre si, políticas criadas para uma organização, não necessariamente atenderão às necessidades da outra, pois ambas trazem realidades próprias, apesar de ambas estarem submetidas a uma mesma legislação.
Sendo assim, conclui-se que todo sistema de gerenciamento de riscos deve estar integrado aos planos estratégicos e processos gerenciais de cada organização.
*Feito por Ingrid Stockler – Colaboradora da Ius Natura
Uma maravilha essa plataforma, muito conteúdo! Estou amando e aprendendo muito
Que bom, Érica! Ficamos muito felizes em ler isto! Toda terça e quinta temos artigo inédito aqui no blog. Fique de olho! Abraços.